sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Homofobia na escola.

Revista Construir Notícias
Ano 12
Novembro/Dezembro de 2012
Notícia de capa: Homofobia: Como trabalhar o respeito e a diversidade sexual na escola.
 Por Mariano Braga

Sobre o artigo

      O artigo que trata da homofobia parte de um estudo realizado pelo educador Neil Franco Pereira de Almeida que analisa relatos de professores e professoras gays, travestis e lésbicas, realizada em 2007 e 2008. Na sua ótica, a homofobia esta relacionada à construção social que define os gêneros em apenas dois, o feminino e o masculino. Sendo que o último é superior ao primeiro, segundo a postura que a sociedade impõe, 
        Para o autor " o esteriótipo gay estaria transitando para o gênero feminino e desobedecendo a regra de que o masculino é a identidade máxima. A homofobia vai denunciar o sexismo que existe socialmente e que envolve professores, professoras, alunos e alunas"(p. 5. e 6.).
       Na pesquisa o autor ainda dá destaque  as consequências do preconceito, como a baixa autoestima de docentes homossexuais.  "As vezes, ele[o professor homossexual  pode se sentir na obrigação de alimentar essa homofobia dentro da escola, achando que talvez não tenha o valor social que lhe é devido, que deveria ter. Lá no fundo, ele pode acreditar que a desvalorização da homossexualidade é uma coisa legitima, legal. (p.6).Diz o autor  ao perceber que os docentes pesquisados apresentam um pouco de dificuldade para administrar isso.[...]

Minha opinião


       Ao receber a revista, que tenho o prazer de ler mensalmente, chamou-me a atenção a notícia de capa, não só por ser um tema atual, que envolve questões sociais e econômicas  mas também por fazer parte cada vez mais do contexto escolar.
         As situações de descriminação que são sofridas as pessoas "diferentes", não digo só em relação aos homossexuais, mas também, os negros, pobres, portadores de deficiências  os com síndromes e os que de certa forma não se enquadram no mundo quadrado, hermeticamente fechado e padronizado que ainda propões uma postura ditada por leis retrograda e excluem silenciosamente e aos poucos um demanda populacional que sofre calada.
           Há muito que a escola reforça posturas sociais padronizadas, e é certamente dentro dela que se deve  dá novo significado ao que se percebe na sociedade como "diferentes". Logo, precisamos deixar o discurso da "inclusão, integração e igualdade" sair do mero palavreado, passando para a prática propriamente dita.
        Temos constantemente contato com várias pessoas, confirmo "pessoas" - independentes de sua condição social, escolhas políticas, sexuais, poder aquisitivo e pertencente a diferentes credos- que estão ao nosso lado e que  fazem parte do nosso convívio, elas não deixam de existir, não podem ser colocadas debaixo do tapete como uma poeira mal tirada. Devemos enquanto docentes, gestores e  pedagogos, não nos deixarmos abater, é desafiador, mas é na escola que podemos contribuir para a superação dessa concepção ultrapassada de sociedade.
            Sabemos que ainda há um tabu em torno do assunto, mas o enfrentamento é melhor do que fingir que ele não existe. Então como tratar do assunto em sala de aula, sem contudo chocar pais e alunos? Como ensinar a respeitar os "diferente", se ainda rimos de piadas preconceituosas? Como igualar se ainda olhamos pro outro de "cima para baixo"? ???? São tantos questionamento que só dando inicio a uma pesquisa mais aprofundada com um olhar analítico que poderíamos encontrar o fio da meada. Mas meu intuito aqui é divulgar a reportagem e indicá-la para uma leitura aprofundada sobre o tema, certamente vocês também encontrarão mais tantas interrogações para responderem.




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Elis Regina " Estrela para sempre"


Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre17 de março de 1945 – São Paulo19 de janeiro de 1982) foi uma intérprete brasileira. Conhecida por sua presença de palco histriônica, sua voz e sua personalidade, Elis Regina é considerada por muitos críticos, comentadores e outros músicos a melhor cantora brasileira de todos os tempos. Com os sucessos de Falso Brilhante e Transversal do Tempo, ela inovou os espetáculos musicais no país e era capaz de demonstrar emoções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade, numa mesma apresentação ou numa mesma música.
Como muitos outros artistas do Brasil, Elis surgiu dos festivais de música na década de 1960 e mostrava interesse em desenvolver seu talento através de apresentações dramáticas. Seu estilo era altamente influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria, e a fez ser a grande revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou "Arrastão" de Vinicius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe conferiu o título de primeira estrela da canção popular brasileira na era da TV. Enquanto outras cantoras contemporâneas como Maria Bethânia haviam se especializado e surgido em teatros, ela deu preferência aos rádios e televisões.Seus primeiros discos, iniciando com Viva a Brotolândia (1961), refletem o momento em que transferiu-se do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro, e que teve exigências de mercado e mídia. Transferindo-se paraSão Paulo em 1964, onde ficaria até sua morte, logrou sucesso com os espetáculos do Fino da Bossa e encontrou uma cidade efervescente onde conseguiria realizar seus planos artísticos.
Elis Regina aventurou-se por muitos gêneros; da MPB, passando pela bossa nova, o samba, o rock ao jazz. Interpretando canções como "Madalena", "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista", "Querelas do Brasil", que ainda continuam famosas e memoráveis, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo e ditadura militar no país. Ao longo de toda sua carreira, cantou canções de músicos até então pouco conhecidos, como Milton NascimentoIvan LinsRenato TeixeiraAldir BlancJoão Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro. Entre outras parcerias, é célebre os duetos que teve com Jair RodriguesTom Jobim,SimonalRita LeeChico Buarque—que quase foi lançado por ela não fosse Nara Leão ter o gravado antes—e, por fim, seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, com quem teve os filhos Pedro Mariano e Maria Rita. Mariano também ajudou-a a arranjar muitas músicas antigas e dar novas roupagens a elas, como com "É Com Esse Que Eu Vou".
Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis & Tom (1974), Falso Brilhante (1976),Transversal do Tempo (1978), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980). Ela foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil. Elis Regina morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos, deixando uma vasta obra na música popular brasileira.  FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Elis_Regina

domingo, 11 de novembro de 2012

Escritores da Liberdade

ESCRITORES DA LIBERDADE. 
Direção: Richard Lagravenese.
Produção: Richard Lagravenese.
Roteiro: Richard Lavagranese, Erin Gruwell, Freedom Writers. 
Elenco: Hillary Swank; Patrick Dempsey; Scott Glenn, Imelda Staunton; April Lee Hernandez; Kristin Herrera; Jacklyn Ngan; Sergio Montalvo; Jason Finn; Deance Wyatt.
Paises de Origem:EUA/Alemanha, 2007. 
Duração: 123 min.
Gênero: Drama e biografia.




      O filme retrata o cotidiano de uma professora Erin Gruwell  vivida pela atriz Hillary Swank, casada, de classe média alta que procura um espaço para a realização pessoal e profissional.   Para conseguir vai lutar contra o pre conceito de um grupo de professores e gestor fadados ao desanimo e a fortalecer a concepção de fracasso em uma classe, diria que seria uma turma que desafia a ação docente de uma maneira especial e que possivelmente está presentes em nossas escolas. Ela  assume a turma, tornando-se motivo de risos  do grupo de profissionais que já rotularam-nos de "fracassados", logo não se dispõe a investir nos alunos daquela classe.. 

     O contato inicial, é difícil  pois os alunos, já cansados da forma que vêem a sociedade e  de como a mesma os vêem, não acreditam que haja uma pessoa que possa ter um olhar diferente para eles, que seja capaz de investir e acreditar no potencial da turma. Vale lembrar que a professora era branca e os alunos de diferentes etnia ou seja, negros, asiáticos e latinos, poderemos classificá-los como imigrantes, com um sentimento de busca da valorização da  identidade cultural,  envolvidos com drogas, violência em casa e na rua e prostituição, sem falar da necessidade de provar aos "seus" a fidelidade a qualquer custo.   Então, diante desse contexto, como a professora poderia desenvolver a aprendizagem nos alunos? 

   Essa resposta, se vivencia ao longo do filme, na busca de vencer o desafio da má administração do gestor, do descompromisso dos demais professores e ainda com o agravante de provar ao pai que está fazendo o que gosta e acredita, do marido, que encontra-se em um emprego que não gosta, e tem que saber dividir as atenções sem descuidar dos seus reais objetivos.

      Diante dos diferentes desafios que lhe são impostos, a professora procura solucioná-los envolvendo-se de corpo inteiro na busca de transformar alunos-problemas, sem perspectivas em cidadãos com um futuro pela frente a ser vencido. 

       A trama é emocionante, quem o assiste não consegue ficar inerte às situações vividas pelas personagens. É possível sentir um misto de raiva, indignação, alegria e alívio, todos os sentimentos transbordam dos poros sem que nos demos conta, estamos fazendo careta, sorrindo e revoltados. Acredito que aí está a beleza do filme, nos tirar da opaca vida  cotidiana para vermos que há uma luz no fim do túnel.

        Já o assisti duas ou três vezes, e a cada vez que me deparo diante das cena, novos sentimentos transbordam, novas reações surgem, é impossível não sentir orgulho da professora que consegue fazer a diferença, que consegue ser diferente, que junto com seus alunos, nos mostra que o sucesso é um passo a ser dado gradativamente e de forma segura. Ele, o sucesso, não é inatingível.

           Recomento este filme para professores, gestores, alunos das diferentes modalidades de ensino e à sociedade em geral. Que sintam e reflitam!



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

diário de prática

   A cópia, como atividade de exercício escrito, já foi abolido do contexto atual da escola. Porém,  essa habilidade deve ser desenvolvida nos alunos, daí haver a necessidade de produzir textos e incentivo à leitura como suporte para a formação global do educando. As estratégias ou metodologias que favoreçam a esse desenvolvimento fica a cargo do professor que com sua criatividade e bom senso propicia momentos estimulantes no espaço escolar. Pensando assim, resolvi  aliar a tecnologia que está presente no cotidiano  de meus alunos e propus uma atividade desafiadora. Seria, a de criarem um blog e a partir de livros escolhidos na biblioteca, eles lessem e produzissem uma resenha, porém as etapas devem ser cumpridas, tais como: Ler, escrever inicialmente em uma folha avulsa( fazer o borrão), reler, fazer as alterações, digitar no word, reler, ampliar se necessário, ver as correções ortográficas e postar no blog. Então iremos ler e comentar sobre o que escreveram. A ideia foi adotada pelos alunos que começaram a escolher título, temas que iriam tratar e então marcamos o inicio das atividades. Também sugeri que escrevessem a bibliografia, sobre a autora e a sinopse do livro. Assim eles teriam a oportunidade de perceber que o livro é um todo. E finalizamos propondo que eles indiquem esse livro, justificando. Achei legal a ideia! Curtiu a ideia?
   Acredito que, enquanto formadores de opinião, temos o papel de mostrar que as TICs existem, principalmente a internet, como suporte para ligar-nos ao mundo e que não precisamos olhá-las apenas como algo negativo, mas sim, conscientizar que ela é uma ferramenta importante, que também pode ser usada como instrumento da e para a aprendizagem.
Sandoly Alexandre. Atividade para alunos do 7º ano.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Fases do Desenvolvimento

Desde o nascimento até a vida adulta vivemos em constante transformação. Essas transformações podemos chamá-las de fase.
Vivenciamos experiências que, ao longo da vida contribuirão para nosso desenvolvimento psicomotor, logo , rir, chorar, birrar, colocar objetos na boca, são  algumas das nossas primeiras formas de interagir com o mundo e nos prepara para o mundo da linguagem, primeiramente, inteligível, desconexas.
Conflitos que nos prepara para a vida adulta, surgem na adolescência, fase das escolhas, das frustrações, dos desejos, dos confrontamentos com o mundo real, se bem administrada, passa sem maiores consequências e então o mundo passa a ser visto por um ser adulto, que vivenciará novas descobertas. Fase das responsabilidades, das regras, das tomadas de decisão.
Passar por tantas fases, muitas transformações físicas, biológicas, sociais dentre outras, nos faz sermos únicos, é inerente ao homem que está vivo, é imprescindível para quem quer amadurecer, passar por elas é o desafio maior de cada indivíduo e conhecê-las contribui para a compreensão da relação do homem com o mundo.

Roberto Carlos - O Terço


 Muitas vezes pensamos que não tem ninguém nos olhando.
Que estamos sozinhos, ai a gente escuta uma música,
e ela nos diz muito do que realmente precisamos ouvir. Assim
é essa canção, toca ao coração alimenta a alma e o espirito.
A paz está em fragmentos de vida que nos lembra que vale a pena continuar
lutando e então chegamos a conclusão " Não estamos sozinhos!
há uma luz, uma força maior que nos guia. Há alguém nos olhando!
se cremos nisso, não há razão pra desespero, desalento, fugas e
tristezas. Tudo passa, só o amor de Deus nos basta!

terça-feira, 29 de março de 2011

Prefácio do livro" Educação popular na escola pública" de Ana Maria do vale

 Caminhos da Educação popular

Por Moacir Gadotti

     A educação popular nasceu fora da escola, mas como concepção geral da educação ela teve e tem grande influência na educação formal. É na intersecção da educação popular com a educação pública que caminha essa tese.

     Pode-se dizer que até a segunda guerra mundial, a educação popular era concebida como a extenção da educação formal para todos, sobretudo para os habitantes das periferias urbanas e zonas rurais. Depois, nos anos 50, a educação popular foi concebida como educação de base, como desenvolvimento comunitário.

    No final dos anos 50, duas são as perspectivas mais significativas da educação popular; a primeira entendida como educação libertadora e a segunda como educação funcional, isto é, o treinamento de mão -de- obra.Nos anos 60 e 70 essas duas correntes continuaram, a primeira na educação não-formal, alternativa à escola, e a segunda, como suplência da educação formal.

     As condições poiticas e sociais da década de noventa não são as que possibilitaram a educação popular nas décadas precedentes. Naquela época a América Latina estava dominada por governos autoritários. Não é de se estranhar que a educação popular fosse concebida como "alternativa" à educação concebida pelo Estado.

    A Educação Popular nasceu na América latina no terreno fértil das utopias de independência, autonomia e libertação, que propunham um modelo de desenvolvimento baseado na justiça social. Para esse modelo de educação populear a conquista do Estado era fundamental. Porem esse processo foi interrompido pela brutal intervenção militarista e autoritária. A educação popular refugiou-se, então, nas organizações não-governamentais e, em alguns casos, na clandestinidade.

    Com a retomada do processo democrático também se redefiniu a relação entre a sociedade civil e a sociedade política, entre os movimentos populares e o Estado. Na crise da educação popular na América Latina hoje, muitos educadores encontram saída no interior do Estado capitalista, abrindo espaço para a construção da educação pública popular, procurando tornar popular a educação pelo Estado.


    A grande utopia da educação popular dos anos 50 visava a conquista do Estado e a mudança radical da política econômica e social. Hoje, o que assistimos é a educação popular dispersando-se em milhares de pequenas experiências, perdendo aquela grande unidade teórica, mas ganhando em diversidade. Esses numerosos movimentos trazem no seu bojo uma nova concepção da educação popular e do Estado.

    Os movimentos populares nos anos 60 e 70 viam o Estado como organizador de bem-estar social e a questão era pressioná-lo na medida certa para obter dele as demandas. Hoje, a nova visão do Estado baseia-se na ideia de construir alianças em que eles não querem apenas receber os benefícios sociais, mas participar como sócios, parceiros na definição das políticas públicas. É o caso do MOVA-SP, que a autora analisa aqui.

    Antes, os movimentos populares tinham um caráter revolucionário ou reivindicativo. Hoje eles são predominantemente programáticos.

    A educação popular tem a seu favor o surgimento das novas forças de poder local democrático e também a presença nos aparatos burocráticos estatais de antigos militantes ou simpatizantes do movimento de educação popular. Ma tem sobretudoa uma nova arma teórica, que nasceu da prática da organização popular, para enfrentar os novos desafios desse final de século.